Tornado

A palavra "Tornado", deriva da palavra espanhola "tornada", que significa tempestade. Os tornados são fenômenos naturais em que percebemos uma imensa massa de ar girando em torno de seu centro que terá como resultado desta atividade uma redução na sua pressão atmosférica (vácuo de pressão). Convencionou-se fazer uso da denominação "Tornado", para os fenômenos que ocorrem em superfície terrestre. Nos EUA, foram apelidados de Twister, uma gíria norte-americana para esta forma de fenômeno.

Tal como podemos conferir em Tempestade Tropical, um Tornado se diferencia pela maior abrangência de sua área de atividade, alcançando um diâmetro superior a 1 km. Dependendo da velocidade de sua massa de ar, ele pode alcançar maior tamanho, sendo assim, a velocidade implica diretamente no diâmetro de sua forma. Para termos idéia desta relação, um Tornado de 2,5 km pode ter média de velocidade em torno de 320 km/h na massa de ar que gira em torno de seu centro, pode durar mais de três horas e percorrer por uma faixa de terra entre 300 e 400 km de extensão, com velocidade média de deslocamento em torno de 45 a 56 km/h

Todos os fenômenos que apresentam massa de ar girando em torno de seu centro, como os Tornados, Tempestades Tropicais, Furacões, Ciclones ou Tufões, que ocorrem no planeta, giram em sentido horário no hemisfério Sul e anti-horário no hemisfério Norte.

Isto se deve à origem de suas atividades, pois se principiam quando do encontro entre duas massas de ar que tratamos como Massa de ar Primária.

As Massas de ar Primárias (MP), acompanham as Correntes Primárias (CP) que existem nos Oceanos.

Apresentação geral das Correntes Marinhas no Globo

 

O Oceano Atlântico por exemplo, possui duas CPs, a Corrente Primária do Atlântico Norte (CPAN) e a Corrente Primária do Atlântico Sul (CPAS), da mesma forma, o Oceano Pacífico possui a Corrente Primária do Pacífico Norte (CPPN) e a Corrente Primária do Pacífico Sul (CPPS). O Oceano Índico se diferencia pela divisão da Corrente que existe no hemisfério Norte, com a península da qual se compóe a Índia, fazendo permanecer a Corrente Primária do Índico Norte Oeste (CPINO) e a Corrente Primária do Índico Norte Leste (CPINL), atuando conjuntamente com a Corrente Primária do Índico Sul.

Denominamos Corrente Primária toda a corrente que principia seu movimento de giro em função da força centrífuga da Terra em torno de seu centro, ocasionada pela força desenvolvida pelo movimento de Rotação. Trataremos como Corrente Scundária (CS), toda corrente que é acionada pelo movimento com giro definido nas CPs.

Esta força faz com que à partir do perímetro de giro magnético do planeta, (não corresponde à linha equatorial polar), todas as massas se desloquem em sentido contrário por ação da inércia física, fenômeno que causa o sentido de giro definido para estas massas e correntes, onde as que existem no hemisfério Norte giram em sentido horário e no hemisfério Sul anti-horário.

Esta força que desprende as massas farão com que inicie a ação de uma corrente marinha no Oceano Atlântico no hemisfério Norte, fazendo com que esta corrente conhecida como Corrente Equatorial do Atlântico Norte (CEAN), se desloque em sentido de Leste para Oeste (o planeta gira de Oeste para Leste), saindo da região da linha do Equador neste Oceano em direção ao Nordeste da costa brasileira na América do Sul, prossegue como Corrente da Flórida, Corrente do Golfo na América Central concentrando seu volume na região das Bacias de Nares e de Hateras nas Bacia Americana, que percebe a passagem à um só tempo pelo local (compressão) da mesma quantidade que percorre a região da Península Ibérica e linha Equatorial (alívio). Associa-se à este alívio de pressão a realidade do abaulamento terrestre, pois o nível das águas oceãnicas no perímetro de giro é mais elevado do que nos círculos polares.

Em razão deste efeito, as águas nesta região são mais velozes do que na costa da Europa e da África. Continua seu sentido de deslocamento como Corrente do Atlântico Norte (CAN), segue em sentido horário recebendo as gélidas águas trazidas das bacias do Labrador, Baffin, Groenlândia, Noruega e Lofoten, sendo estas últimas ativadas pela corrente que vêm do Mar de Barentz. Esta CP lançará as águas frias trazidas do Círculo Polar Ártico para banhar a costa da Europa, reiniciando sua forma novamente como CEAN.

Quando gira em sentido horário, esta CPAN traz consigo as águas aquecidas que são acompanhadas pela massa de ar quente do Deserto do Saara, conferindo uma evaporação significativa que muitas vezes pode promover o acionamento de uma massa de ar que acompanhará seu movimento em direção ao Continente Americano, saindo desde o Noroeste da África até a América Central.

Se a corrente marinha aquecida pela massa de ar que acompanha a CPAN, ocasionar o aquecimento da Corrente Primária do Golfo do México (CPGM), que gira em sentido horário, estas águas terão uma mudança significativa de sua temperatura fazendo com que saiam da média de 7 graus centígrados para algo em torno de 32 a 34 graus centígrados. O volume de águas que é lançado para a atmosfera à um só tempo, acaba sendo direcionado para as partes continentais da América Central, sul e sudeste dos EUA.

Se por outro lado ocorrer uma alteração do nível do Oceano Pacífico que já é diferente do nível do Oceano Atlântico com média de 9 metros, a pressão atmosférica da MP que acompanha a CPPN, será ainda mais evidenciada e passará sobre as colunas montanhosas existentes na América do Norte que são as Montanhas Rochosas, Serra Madre Oriental, Serra Madre Ocidental, Serra Nevada, onde perceberão suas características serem ainda mais evidenciadas.

A MP do Pacífico Norte, gira também no sentido horário acompanhando a CPPN, trazendo as baixas temperaturas do Círculo Polar Ártico para banhar o Oeste dos EUA até a Peníncula da Califórnia. Esta massa de ar se apresenta mais compactada (em razão de sua condição térmica), mais rápida (por razão dos efeitos promovidos tanto pelo abaulamento da Terra e afunilamento consequente de seu volume na região do Círculo Polar, quanto pela pressão regida pelo aumento no nível do Oceano Pacífico), e lançada de uma altitude maior com diferença de sua pressão atmosférica em relação ao Oceano Atlântico.

Ou seja, por razões normais, esta massa de ar que incide sobre o território dos EUA, já teria muito favorecimento à origem de um fenômeno como os tornados. Mas existindo uma gama de fatores que se associam, fazendo com que ela venha a surgir como que descendo de uma plataforma mais elevada para se encontrar com a MP que acompanha a CPAN que está em condições opostas, ou seja, é mais aquecida, mais leve e tende à subir, enquanto que a MP do Pacífico é mais pesada, mais rápida, mais fria e tende à descer, temos então a iminência dos fenômenos o que esclarece o denominado "Corredor dos Tornados", nos EUA, pois é justamente no local em que estas duas massas de ar em condições opostas acabam se encontrando.

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