Dicaercus de Mesana

300 a.C.

Esta representação apresenta aquilo que pode ter sido uma das primeiras maneiras de se tratar a partir de referências onde o centro estaria na cidade de Rhodes, na ilha de Rhodes, que pertencia ao império grego e que foi posteriormente tomada pelos turcos.

As linhas em direção aos extremos Leste-Oeste e Norte-Sul identificadas neste mapa de Dicaercus de Mesana como Diaphragma e Perpendicular do Diaphragma, deixa muito claro que já existiam conhecimentos a respeito da orientação determinadas pelo nascer e pôr do Sol. Quanto ao fato de que pudessem saber sobre a orientação pólo-magnética, não é de se descartar totalmente, pois apesar de não se conhecer registros sobre o estado evoluído dos chineses neste período, onde já conheciam a bússola, não devemos esquecer que os trabalhos cartográficos aqui representados, assim como os demais elaborados pelos seus mentores no passado, superam em muito o que foi realizado posteriormente na era medieval por Abraham Ortélius ou Peutinger nos anos de 1400 a 1500. A orientação pólo magnética é de extrema importância para a navegação, onde também são utilizados os mapas astrológicos. Mas em caso de tempestade ou de instabilidades climáticas intensas ou não, os navegadores não poderiam depender unicamente de uma das formas, sendo a mais precisa o uso da bússola para que as embarcações estivessem capacitadas a percorrer extensas áreas e atingir o pólo sul ou as Américas, como vemos nos demais trabalhos.

Também é interessante notarmos que existe uma menção sobre uma ilha nas proximidades da Península da Noruega e Suécia, que pode se referir à atual Islândia, com o nome de Thule, mas também existe a demarcação territorial do que pode ser interpretado como parte do Ártico.

O alinhamento para o Leste-Oeste é correto quando comparado ao que percebemos em nossos dias, o que deixa claro a possibilidade de que este trabalho estivesse se referindo corretivamente a um alinhamento exato das regiões mencionadas.

Parte da atual Rússia é identificada no mapa como território de Taurus, o que poderia ser a identificação regional conhecida neste período da mesma maneira como conhecemos os Continentes atuais. A Líbya por exemplo é o nome pelo qual era tratado todo o continente Africano em sua época.

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